Petição da Ação Popular do Cartão de Crédito

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Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) Federal da 15ª Vara Cível da Seção da Justiça Federal de São Paulo

 

(31 JAN 13 02 01 039378)

 

Autos nº 2000.61.00.003921-5
Ação Popular
Autor: Carlos Perin Filho
Réus: União Federal e Outras

Carlos Perin Filho, residente na Internet, em www.carlosperinfilho.net (sinta-se livre para navegar), nos autos da ação em epígrafe, venho, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar em ilustração à esta actio popularis as seguintes matérias e comentários.

Para evidenciar a íntima e musical relação que existe entre as Administradoras de Catões de Crédito e as Instituições Financeiras, com repercusões das taxas de juros irreais e da Constribuição Provisória Sobre Movimentações Financeiras no bolso da Cidadania, mister ouvir as palavras de MONTESQUIEU, in verbis:

"CAPÍTULO VIII
EXPLICAÇÃO DE UM PARADOXO DOS ANTIGOS
COM RELAÇÃO AOS COSTUMES

Políbio, o judicioso Políbio, conta-nos que a música era necessária para suavizar os costumes dos arcádios, que habitavam uma região onde o clima era triste e frio; que os de Cineta, que negligenciaram a música, excederam em crueldade todos os gregos e que não há cidade em que se tenham visto tantos crimes. Platão não receia dizer que não se pode fazer alteração na música sem que haja outra na constituição do Estado. Aristóteles, que parece só ter escrito sua Política para opor seus sentimentos aos de Platão, está, contudo, de acordo com ele quanto à influência da música sobre os costumes. Teofrasto, Plutarco, Estrabão, todos os Antigos pensaram do mesmo modo. Não é opinião lançada sem reflexão; é um dos princípios de sua política. Assim elaboraram as leis; assim queriam que se governassem as cidades."

(In: O ESPÍRITO DAS LEIS, UNB, 1995, tradução de FERNANDO HENRIQUE CARDOSO e LEÔNCIO MARTINS RODRIGUES, p. 30/1, negrito meu)

Com as palavras de MONTESQUIEU em mente, sob regência dos maestros NELSON AYRES e MATEUS ARAUJO, favor abrir o envelope que segue e encontrar as orquestrações originais de CHIQUINHO DE MORAES executadas pela Orquestra JAZZ SINFÔNICA, no CD gravado ao vivo na casa de espetáculos Via Funchal, em novembro de 2000, sob mixagem de ZORRO, apresentado pela CAIXA CARTÕES sob o sugestivo título: ‘O GRANDE CIRCO MÍSTICO - UM SHOW EXCLUSIVO PARA OS CLIENTES DA CAIXA’, obra imperdível de EDU LOBO e CHICO BUARQUE, baseado no poema ‘O Grande Circo Místico’, de JORGE DE LIMA, produzido na Zona Franca de Manaus, com destaque para a Valsa dos Clowns, nas vozes de JANE DUBOC e BERNARDO LOBO, in verbis:

"Em toda canção,
o Palhaço é um charlatão,
Esparrama tanta gargalhada
da boca pra fora

 

Dizem que seu coração
Pintado
toda tarde de domingo
Chora

 

Abra o coração
do Palhaço da canção
eis que salta outro
farrapo humano
e morre na coxia

 

Dentro do seu coração
de pano
o Palhaço alegre se anuncia

A nova atração
tem um Jovem coração
Que apertado por estreito laço
amanhece partido

Dentro dele sai mais um
Palhaço
Um Falhaço com olhar caido

 

E esse Charlatão,
vai cantar sua canção
Que comove toda a arquibancada
com tanta agonia

 

Dentro dele um coração
folgado
Canta um’outra melodia

 

Em toda canção,
o Palhaço é um Charlatão

 

Esse Charlatão,
vai cantar sua canção."

Com a canção em mente fica evidenciada a íntima e musical relação de fato e de direito referida na Réplica, que implica em uma cobrança de juros irreais e uma cascata de CPMF’s nas contas creditícias deste Cidadão (ilustrativas faturas em adendo), que imperdoavelmente impediram sua presença de corpo e alma no show da doce LIMA da MARINA, sob o sugestivo título SISSI NA SUA, na última volta terrestre solar do milênio passado, restando a re-ouvir o seu CD ‘Pierrot do Brasil’.

Não obstante tais inclementes nulidades, o Cidadão continua a acreditar - em sua servidão voluntária - nas Rés Públicas e/ou Privadas, por sua capacidade de agragar valor a produtos e/ou serviços, públicos e/ou privados, como prova a correspondência do Diretor de Marketing CESÁRIO NAKAMURA, dando conta da oportuna e conveniente reconfiguração creditícia deste cidadão sob o Credicard MasterCard Chip... ...pois o futuro está em suas mãos, e viver é fazer a vida valer o tempo da paraconsistência existencial humana de ser e dever ser: é uma Arte.

São Paulo, 31 de janeiro de 2001.
179º da Independência e 113º da República Federativa do Brasil

 

Carlos Perin Filho
OAB-SP 109.649

 

E.T.: Nome e assinaturas não conferem frente aos documentos apresentados com exordial Em função da reconfiguração de direito em andamento, nos termos da Ação Popular nº 98.0050468-0, 11ª Vara Federal de São Paulo, ora em grau de Apelação, sob a relatoria do Desembargador Federal ANDRADE MARTINS, em autos sob nº 2000.03.99.030541-5 - www.trf3.gov.br -

 


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