O mundo mudou e/ou Você Cidadania

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CELSO LAFER, em artigo sob o título O mundo mudou, publicado no jornal O Estado de S. Paulo, de 16/09/2001, p. B-9, oferece elementos para refletir sobre os eventos ocorridos nos ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, com destaque para os seguintes parágrafos, in verbis:

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O mundo mudou, gerando uma redefinição do funcionamento do sistema internacional. Deslocou-se o eixo diplomático. Antecipo que os recentes eventos terão um impacto mais incisivo do que a queda do Muro de Berlim, o colapso da União Soviética e o fim da bipolaridade.

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Podemos especular por ora sobre a possibilidade real de que os eventos do dia 11 de setembro produzam impactos sobre o Brasil. Por sua inserção no mundo e experiência diplomática, o Brasil tem uma leitura grociana da realidade internacional, ensejada pela gestão dos conflitos por meio do direito e da diplomacia e tem como tema básico de sua política externa o desafio do desenvolvimento. É por esse motivo que a agenda econômica tem até agora estado no centro de minha ação à frente do Ministério das Relações Exteriores.

Os eventos dos últimos dias colocam, contudo, a questão da segurança em maior proeminência na agenda internacional. Por sua violência e impacto, no entanto, tenderão a ser inseridos numa lógica hobbesiana das relações internacionais - um retorno ao estado da natureza.

É nesse tipo de contexto que poderá dar-se, ao menos em parte, a reação norte-americana. Junto com essa maior magnitude do tema da segurança no plano global, haverá um reforço da idéia que o mundo se divide, politicamente, à maneira de Carl Schmitt, entre amigos e inimigos. Haverá uma expectativa cada vez mais expressiva de apoio e de alinhamentos. Haverá, conseqüentemente, uma diminuição do espaço para nuanças."

Claro e preciso CELSO LAFER, valendo pensar a diminuição do espaço para nuanças tanto do lado dos aparentes "Amigos" quanto dos aparentes "Inimigos", visando ampliar aquela pequena margem de manobra diplomática, bem como reconhecer ser a questão da segurança não desvinculada da questão do desenvolvimento, pois "Amigos" e/ou "Inimigos", "Desenvolvidos" e/ou "Não-Desenvolvidos", guardam uma coisa em comum enquanto Seres Humanos: querem viver mais e melhor no planeta Terra.

Naquele hipercontexto a sugestão que fica para Você é ser Cidadania, usando cada vez mais e melhor os instrumentos fáticos e/ou jurídicos disponíveis para efetiva fruição de seus direitos, pois assim procedendo estará ajudando as Pessoas Jurídicas Político Administrativas, quer sejam dos "Amigos" e/ou "Inimigos", "Desenvolvidos" e/ou "Não-Desenvolvidos", bem como à Você Mesmo(a), Individualmente Considerado(a).

O mundo pode e deve mudar, e para mais e melhor, basta Você ser o seu dever, Cidadania.

Diplomaticamente,

 

Carlos Perin Filho


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