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O legado polêmico da Semana de
Arte Moderna
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HERALDO CERAVOLO SEREZA, em artigo sob o
título "O legado polêmico da Semana de Arte Moderna", publicado no jornal O
ESTADO DE S. PAULO de 03.02.2002, p. 1, lembra que nesta volta lunar-terrestre o movimento
que abalou as certezas da arte brasileira faz oitenta voltas terrestres-solares, com
destaque para os seguintes parágrafos, in verbis:
"Hoje, ninguém mais discute o modernismo. Todos o
aceitam e o aplaudem. A Semana de Arte Moderna, no Municipal, foi um grande êxito. Êxito
que, neste mês, completa 80 anos. Em 13 de fevereiro de 1922, o Teatro Municipal de São
Paulo abriu-se para a exibição de conferencistas, escritores, pintores, artistas,
músicos e poetas que prometiam escândalo e confusão.
(....)"
VASCO MARIZ, ao escrever sobre a vida e a obra de VILLA-LOBOS, usando
ensinamentos de MÁRIO DE ANDRADE (O Movimento Modernista, Casa do Estudante: Rio,
1942, pp. 28, 29, 30, 310, reporta assim a Semana de Arte Moderna, in verbis:
"(....)
Dos três princípios fundamentais advogados pelos modernistas de
então - o direito permanente à pesquisa estética, a atualização da inteligência
artística brasileira e a estabilização de uma consciência criadora nacional -,
ressaltamos o impulso unânime de cantar a natureza, a alma e as tradições brasileiras,
banindo para sempre os pastiches da arte européia.(....)"
[In: Heitor Villa-Lobos: compositor brasileiro. 11ª ed. Belo
Horizonte: Itatiaia, 1989. - (Coleção reconquista do Brasil. 2. Série: v. 167) . p. 55]
Claros e precisos HERALDO CERAVOLO SEREZA e VASCO MARIZ, pois aquelas
características estão presentes até as presentes voltas terrestres-solares !:-(com um plus!;-), valendo lembrar aquela frase do
" canibal" Cidadão, in verbis:
"Somente a antropofagia e
o dinheiro nos une"
...bem como a Ação Popular do
Parque Villa-Lobos.
Sinceramente,
Carlos Perin Filho
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