Interdisciplinaridade e emergência
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O caderno mais! do jornal Folha de S. Paulo de 24.11.2002, p. 5-7, publica tradução de PAULO MIGLIACCI do texto de autoria conjunta de ALLEGRA McLEOD, ANDREAS KABLIZ, ANDREI LINDA, ANDREW MILNE, BERNADETTE WEYLER, CARL DJERASSI, CATHERINE PICKSTOCK, DENISE SCHMANDT-BESSERAT, HANS ULRICH GUMBRECHT, JOHN BRAVMAN, MARTIN SEEL, MATTHEW TIWES, RICHARD FORD, ROBERT LAUGHLIN, ROBERT HARRISON, STEPHAN LEW, SANDRA MITCHELL, TERRY WINOGRAD, VIOLETA SÁNCHEZ Y LORBACH e WLAD GODZICH, originário de um congresso sobre interdisciplinaridade realizado em agosto/2002 na UNIVERSIDADE STANFORD (EUA), com destaque para o risco da emergência, in verbis:

"(....)

Risco Quando, no final de nossas discussões, tentamos descrever e compreender parcialmente o curso tomado por nossa investigação, descobrimos que um novo conceito de emergência era não só o tópico e resultado de nosso trabalho, mas ao mesmo tempo o princípio que governara a experiência de interdisciplinaridade - tão suave e eficientemente quanto a famosa metáfora da ‘mão invisível’, que tanto fascinava os teóricos da economia clássica.

Permitir que o potencial de pensamento substantivamente inovador surja em um esforço colaborativo de estudiosos de diferentes disciplinas requer - descobrimos - a liberdade, a coragem e o risco de trabalhar sem objetivos predeterminados e sem conhecer o desfecho possível da colaboração. Mas não devemos, tampouco, conceder ao princípio da emergência o estatuto de uma receita que deveria dar forma e controlar o estilo futuro de trabalho interdisciplinar."

O destaque para o risco da emergência é muito importante para quem vai financiar aquelas pesquisas interdisciplinares (inclusive com dinheiro público), pois em função da maior liberdade de criação há possibilidade também de um maior risco, em comparação com as pesquisas não interdisciplinares.

Por outro lado, a maior liberdade de criação pode reduzir os próprios custos envolvidos na pesquisa interdisciplinar, dada a multidimensionalidade da criatividade, valendo aqui referir o artigo de ROBINSON BORGES sobre o livro The Rise of The Creative Class - And How It’s Transforming Work, Leisure, Community and Everyday Life, de RICHARD FLORIDA (Basic Books Edition), publicado no caderno de fim-de-semana do jornal VALOR, de 22/23/24/11/2002, p. 8-9, com destaque para a necessária combinação dos três T’s: tecnologia, talento e tolerância.

Criativamente,

 

Carlos Perin Filho


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