Os futuros das Escolas para Você Cidadania

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O caderno [sinapse] do jornal Folha de S. Paulo - www.folha.com.br - de 29.07.2003 publica uma série de artigos sobre como será a educação daqui a um quarto de cem voltas terrestres-solares.

Este Cidadão, ao ler e reler os artigos, lembrou o texto do professor FRANKLIN LEOPOLDO E SILVA, sob o título Função Social do Filósofo, com destaque para o seguinte fragmento, in verbis:

"(....) A política é a-histórica, porque a justiça é a-histórica. Mas resta de tudo isto a razão do retorno do filósofo à Caverna: o entrelaçamento do amor à sabedoria com a condução dos homens à autonomia: pedagogia. O filósofo é político se for educador, e a política do filósofo, a interferência no social simbolizada pela volta à Caverna, caracteriza-se principalmente pela educação. (....)"

(In: A FILOSOFIA E SEU ENSINO, Paulo Arantes|... et all; Petrópolis, RJ: Vozes: São Paulo: EDUC, 1995, p. 15)

Este Cidadão lembrou também das ações populares que tratam da Educação Especial para Todos(as) e das "Faculdades" de Direito, patrocinadas por este Advogado (indispensável à administração da Justiça, nos termos do artigo 133 da Carta Magna) para Você Cidadania.

De volta aos artigos do [sinapse], vale notar que aquela característica da função social do Filósofo(a) está (potencialmente) presente no papel de qualquer Professor(a), não só de Filosofia, mas de Matemática, Física, Química, Biologia, História, Geografia e/ou qualquer outra disciplina, porém corre o risco de ficar prejudicada, como bem adverte ALFREDO BOSI, ao Valorizar o professor do ciclo básico, in verbis:

"(....)

O risco das avaliações sumárias, por meio de testes, crescerá, pois os processos informáticos visam a poupar tempo e reduzir os campos de ambiguidade (sic) e incerteza. Com isso, ficaria ainda mais raro o saber que duvida e interroga, esperando com paciência, até vislumbrar uma razão que não se esgote no simplismo do certo versus errado. Poderemos ter especialistas cada vez mais peritos nas suas áreas e massas cada vez mais incapazes de entender o mundo que as rodeia. De todo modo, o futuro depende, em larga escala, do que pensamos e fazemos no presente.

Uma coisa me parece certa: o professor do ciclo básico deve ser valorizado em termos de preparação e salário, caso contrário, os mais belos planos ruirão como castelos de cartas."

Para concluir, vale fazer coro com o final do artigo [sinapse] de AGUEDA BERNARDETE BITTENCOURT, pois a escola sozinha não produz igualdade, in verbis:

"(....)

Daqui a 25 anos, deveremos ter uma escola ainda em sintonia com os avanços sociais e culturais que formos capazes de gerar."

Essa é a razão do plural Escolas no título deste hipertexto, pois o futuro não estará descolado do passado de hoje.

Filosoficamente,

 

Carlos Perin Filho

E.T.:

Como estudante de filosofia este Cidadão espera que GILBERTO DIMENSTEIN esteja certo, ao tratar no [sinapse] do fim da escola... por isso, o ensino de artes e filosofia ganhará espaço nobre.(....) O mestre terá uma função que vai lembrar o orientador de uma tese de doutorado; portanto, a escola não mais será dividida em séries estanques, será um espaço sem salas de aula, onde os alunos transitarão com suas dúvidas e curiosidades. Terá um ar de centro cultural. O educador e o comunicador tendem a se aproximar: afinal, o professor terá de tirar proveito dos fatos em tempo real e encaixá-los nas áreas de ciências humanas, biológicas ou exatas.


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