JÜRGEN HABERMAS, em tradução de LUIZ REPA, articula uma teoria da adaptação, no caderno mais! do jornal Folha de S. Paulo, de 05/01/2003, p. 10-14, fundada na tolerância política, cultural e religiosa, com destaque para os seguintes parágrafos, in verbis:

"(....)

Resumindo, pode-se constatar que o nexo entre a tolerância religiosa e a democracia se torna acessível a nós por dois lados: pelo lado da política, que ajusta seu fundamento legitimador a um pluralismo de visões de mundo, e pelo lado da religião, que liga as leis da sociedade secular ao seu próprio ethos.

(....)"

Tal artigo faz lembrar o pensamento de MIGUEL REALE, em PARADIGMAS DA CULTURA CONTEMPORÂNEA - www.saraiva.com.br - ao tratar do conceito de cultura, dos seus temas fundamentais, sua história, a questão da experiência e da verdade, e do Estado Democrático de Direito, no contexto dos paradigmas da cultura política liberal (p. 121), bem como da genial LÓGICA PARACONSISTENTE, de NEWTON C. A. DA COSTA (ENSAIO SOBRE OS FUNDAMENTOS DA LÓGICA, São Paulo: HUCITEC: Ed. da Universidade de São Paulo, 1980), ao possibilitar a inclusão - no universo de discurso, por força da tolerância política, cultural e religiosa - elementos até mesmo contraditórios aos anteriormente aceitos, sem a resultante trivialidade.

Para concluir vale lembrar que tudo isso requer um processo de aprendizado constante de partes crescentes do tecido social coletivo de Você Cidadania, visando massa crítica oportuna e adequada para o processo social de reação em cadeia, em engenharia social de duplicidade e redundância.

Politicamente,

Carlos Perin Filho

Sobre as básicas (in)tolerâncias do pensamento político moderno, conferir QUENTIN SKINNER em AS FUNDAÇÕES DO PENSAMENTO POLÍTICO MODERNO, por tradução de RENATO JANINE RIBEIRO e LAURA TEIXEIRA MOTTA, editado pela Companhia das Letras, ou no original, sob o título The foundations of modern political thought, pela Cambridge University Press.

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