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"A matemática é a ciência na qual nós nunca sabemos de que coisas estamos falando,
nem se é verdade o que estamos dizendo"
(B. RUSSEL)

De tempos em tempos a mídia no planeta Terra informa que os(as) Terráqueos(as) em geral, e aqueles(as) que habitam a REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL em particular, não se dão muito bem com aquela Ciência que, entre outras, proporciona paz de espírito à este Cidadão - a Matemática - conforme reporta LUCIANA CONSTANTINO no jornal Folha de S. Paulo de 17.06.2004, p. C-4, com destaque para os seguintes parágrafos, in verbis:

"A maior parte dos alunos dos ensinos fundamental e médio não sabe resolver questões de matemática compatíveis com a série que cursam. A situação é ainda pior no 3º ano do ensino médio: 68,8% deles tiveram nível de conhecimento classificado entre crítico e muito crítico em 2003.

Isso significa que não conseguem interpretar o enunciado de uma questão para chegar ao resultado matemático.

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Melhora em português

A notícia boa entre os números é que, pela primeira vez desde 1995, a média obtida pelos alunos da 4ª série do ensino fundamental na prova de língua portuguesa apresenta uma melhora em relação à avaliação anterior. Passa de 165,1 para 169,4 entre os anos de 2001 e 2003, em uma escala geral de 500 pontos. Mas ainda está em patamares abaixo do satisfatório - 200 pontos nesse caso.

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Mais informações sobre o Saeb no site www.inep.gov.br "

A melhora da performance em Português é mais que uma boa notícia, pois segundo NÍLSON JOSÉ MACHADO, em seu filosófico livro MATEMÁTICA E LÍNGUA MATERNA - Análise de uma impregnação mútua - www.cortezeditora.com.br - o caminho para a melhora do ensino da Matemática no planeta Terra parte daquela impregnação mútua com a Língua Materna, sendo mister destacar neste hipertexto a fabulosa história de um problema muito peculiar, in verbis:

"Problema da Agulha de Buffon

Uma agulha de comprimento a é mantida horizontalmente a certa altura de uma folha de papel, também horizontal, onde se encontram riscadas retas paralelas, espaçadas por uma distância d (d não é menor do que a). Abandonando-se a agulha ao acaso, de certa altura, ao cair sobre o papel, é possível que ela corte alguma das retas riscadas ou que se situe completamente entre duas delas. Qual a probabilidade de que ela corte alguma das retas?"

(p. 68)

A resolução do problema, em uma variante, é um método de cálculo aproximado para phi, que também pode ser obtido de modo aproximado medindo as circunferências presentes em uma outra folha de papel, a Folha de S. Paulo, de 19.06.2004, p. A-5, e dividindo o resultado pelos seus respectivos diâmetros...

O número a encontrar é sempre irracional, ou seja, nunca acaba... Você Cidadania pode passar a vida inteira contando, contando, contando, entre um copo de leite e outro, cantando, cantando, cantando, "amor de Julieta e Romeu, igualzinho o meu e seu...", pois a impregnação é mútua e como diz HILBERT, "Do paraíso criado por CANTOR ninguém nos tirará"...!;-)

Logicamente,

Carlos Perin Filho

E.T.:

QUINE faz uma observação que agrega valor à citação supra de RUSSEL, in verbis:

"O matemático já conquistou o direito de poder, se quiser, falar sem sentido, pois, apesar disso, presta grandes serviços às ciências naturais às quais a Matemática se aplica. Mas seria interessante, sob o ponto de vista filosófico pelo menos, prover tais noções de sentido e compreender o conteúdo da Matemática. Isto poderia ser útil, até mesmo para o próprio matemático." (IN: O SENTIDO DA NOVA LÓGICA, Editora da UFPR, 1996, p. 20)

Para facilitar seus estéticos cálculos em busca daquele sentido, seguem os três diâmetros notáveis presentes naquela Folha, em ordem crescente, valendo a dica daquele ditado popular "a beleza está nos olhos de quem vê":

1º) 5 (cinco) milímetros animados;
2º) 1,8 (um vírgula oito) milímetros, também animados;
3º) 7,7 (sete vírgula sete) milímetros metálicos cheios de hidratante para o seu tecido social coletivo, bons condutores de energia...