Paralelos evolutivos do tecido social de e
para Vocês Cidadanias


Após sensacional e cinematográfica performance dos(as) Atletas brazucas natos(as) ou naturalizados(as) nos Jogos Pan Americanos Rio 2007 vale notar alguns paralelos de fato e/ou de direito - relevantes em Economia, Sociologia e em Direito - que acontecem entre aqueles(as) em busca da glória esportiva, e movimentos que acontecem - ou não - em seu tecido social coletivo em busca de direitos.

Atletas sem patrocínio, com grandes dificuldades de alimentação, transporte, treinamento, descanso, etc., conseguem cinematográficas medalhas como se fossem aquele personagem encenado por LEONARDO DI CAPRIO em busca por um flutuador para sua bela amada por ocasião do naufrágio do TITANIC...

Atletas com patrocínio, sem qualquer dificuldade de alimentação, transporte, treinamento, descanso, etc., também conseguem cinematográficas medalhas como algo que já estava de certo modo planejado desde antes da concepção pelos(as) atléticos(as) mamãe e papai e/ou Engenheiro(a) Genético(a), bem como ao iniciar treinamentos várias voltas da Terra em torno do Sol, quando ainda eram crianças...

Ambos(as) conquistaram um bem comumente valorizado, um símbolo de mérito, quer seja de ouro, de prata ou de bronze.

Entre uma cinematográfica vaia e outra para este ou aquele(a) apagado(a) companheiro(a) representante popular, o Povo aplaude: Parabéns aos Atletas!

Assim também acontece com parcelas do tecido social coletivo de Vocês Cidadanias (no plural, para evidenciar aquelas parcelas de interesses): Enquanto um grupo de empresários(as), advogados(as), engenheiros(as), arquitetos(as), etc. dizem quem ufa, ufa, estamos cansados(as) - www.cansei.com.br - da corrupção, das balas perdidas, dos apagões de portos, aeroportos, falta de saúde pública e/ou educação pública e/ou segurança pública, 'tapa-buracos' nos transportes, etc., outros grupos de pessoas dizemos não termos tempo para ficarmos cansados(as), pois devemos trabalhar para não perder empregos e pagar as contas, além de tentar alguma mudança institucional naquele sentido contrário aos apagões...

Por incrível que possa parecer tem muito mais gente nesse jogo: Outros grupos não nos manifestamos, não manifestam e/ou não nos manifestarão, pois em função da exclusão dos bens econômicos e/ou culturais básicos entraramos em burnout (esgotamento emocional, despersonalização e desencanto pela experiência vivencial no planeta Terra). Aqui vale lembrar a ação popular de autos nº 98.0045480-2 atuais 1999.03.99.066856-8, entre várias outras populares ações em substituição processual daquela parcela ou de outras parcelas de seu tecido social coletivo que mal conseguem experimentar a vida no planeta Terra.

Por dever de ofício, ao substituir processualmente Vocês Cidadanias meu posicionalento ideológico-estratégico-profissional é de pertencer a cada um daqueles grupos, taticamente de todos eles ao mesmo tempo e de operacionalmente estar faltando em algum outro...

Em alegoria aos esportes, é semelhante a correr pelas ruas do Butantã, encontar pessoas tracionando veículos - cheios de papelão, plásticos e/ou vidros para reciclar - pela av. Azevedo Marques, e/ou Vital Brasil. Após passar por sobre uma das pontes do "perfumado" rio Pinheiros, mister aguardar o sinal de trânsito liberar a passagem para alguns veículos importados com tração eletro-mecânica nas quatro rodas, até chegar ao Parque VILLA-LOBOS, onde alguns empinam pipas por vezes exóticas, outros jogam futebol ou tênis... De volta para as ruas, é possível correr ao lado da ciclo-via, passar pela calma e bela vizinhança do governador em direção à nova Faria Lima, onde eventualmente pessoas humanas nas calçadas lembram as exclusões que persistem, ao pedirem alguma ajuda para continuar a subexistir no próximo dia vislumbrando as concretas obras de arte da Berrini... Após correr pelo parque ALFREDO-VOLPI e subir em direção ao Palácio dos Bandeirantes, aquelas cenas podem se repetir, em um domingo de jogo no estádio do Morumbi... até voltar ao Butantã, no eterno retorno de NIETZSCHE e aguardando a próxima www.saosilvestre.com.br !;-)

Moral do hipertexto deste Cidadão Tio Patinhas:

Vou dormir pensando em paraconsistentes valore$ e acordo rico de idéias para escrever ações populares, ao sonhar com as contradições de Vocês Cidadanias...

Politicamente,

 

 

Carlos Perin Filho

E.T.:

I) Lembrar - com MARCOS NOBRE in Caos, Folha de S. Paulo, 31.7.2007, p. A-2 - que a Política é muito maior e melhor que qualquer aluguel desta ou daquela bancada;

II) Entre tantas contradições, ainda é possível sonhar ser vizinho da über vizinha!;-)

III) "eterno retorno A imagem dos ciclos em função dos quais o universo volta a seguir exatamente o mesmo curso de acontecimentos é comum a muitas religiões, e foi tema de grande parte do pensamento grego, entre eles o dos estóicos. Geralmente se concebe o retorno em termos de acontecimentos que se repetem de forma cíclica no tempo linear do senso comum, mas também se considerou a possibilidade de o próprio tempo ser cíclico. Eudemo de Rodes, um discípulo de Aristóteles, percebeu que se existisse um tempo cíclico, os acontecimentos 'posteriores' seriam numericamente idênticos aos anteriores e, assim, tudo acabaria por acontecer uma só vez, o que é uma contradição. Plotino e Orígenes defenderam uma doutrina do retorno. Em 1882, Nietzsche adotou a noção do eterno retorno e explorou-a nas notas que formam A vontade de poder. Não está claro se para Nietzsche o ciclo era cientificamente demonstrável, mas este nos fornece o teste definitivo para o êxito na vida: se conseguirmos imprimir o estilo certo às nossas ações, podemos comprovar com prazer seu retorno." (In: BLACKBURN, Simon, DICIONÁRIO OXFORD DE FILOSOFIA, trad. Desidério Murcho et al. - www.zahar.com.br - 1997, p. 129)

IV) Em Sociologia do Direito, manifestações sociais são matérias-primas ao trabalho de substituição processual em ações coletivas. Por favor manifestem-se de modo pacífico (sem fechar a av. Paulista) peçam desde a transposição (ou não) das águas do Velho Chico - passando pelo private banking - até o céu, que parece ser o limite das remunerações dos(as) funcionários públicos(as!;-)

 

© Carlos Perin Filho

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